Em Defesa do Mercosul

Em recente entrevista concedida à jornalista Eliane Oliveira, publicada no jornal O Globo (18/3), o Embaixador da União Européia no Brasil, Ignacio Ybánez, destacou que o crescimento do desmatamento na Amazônia pode impedir a ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Européia. O Embaixador também salientou que o desmatamento não afeta só os ativos ambientais no Brasil, mas também a imagem de produtores e empresas.

Essa vem a ser mais uma prova de que não se pode culpar exclusivamente o Mercosul, ou mesmo os demais países que integram o bloco, pela não conclusão de acordos comerciais, em especial este que é um dos mais importantes e desejados acordos e que vem sendo negociado já há vários anos.

Esta não é a primeira vez que o Brasil sofre críticas na Europa que acabam por dificultar as negociações de um acordo com os europeus. Também em governos anteriores o Brasil enfrentou críticas, inclusive vinculadas a questões ambientais, oriundas principalmente de opositores europeus e setores protecionistas, quase sempre da área agrícola.

Em resumo, busco mostrar apenas que, ao contrário do que frequentemente afirmam autoridades governamentais e até mesmo analistas independentes, o Brasil tem parcela expressiva de responsabilidade pela não conclusão de acordos internacionais. Caso tivesse sido aprovada a proposta de negociações independentes, defendida pelo Uruguai e agora com apoio do Brasil, o acordo estaria da mesma forma não ratificado, já que os europeus responsabilizam o Brasil pela não ratificação. 





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