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Mostrando postagens de setembro, 2018

A Exportação e o Emprego

Esforço redobrado na promoção comercial de produtos manufaturados pode atenuar o desemprego e reduzir os efeitos perversos da guerra comercial em nossa economia. Até agosto, as exportações brasileiras alcançaram US$ 159 bilhões, contra importações de US$ 121 bilhões. Restando apenas 3 meses para o término do ano o comportamento das exportações é satisfatório, com crescimento da ordem de 8%, ou seja, superior às mais otimistas previsões para o crescimento do comércio mundial neste ano. Seguramente o superávit comercial não será inferior a US$ 50 bilhões, com o comércio exterior voltando a dar contribuição expressiva para o fechamento do balanço de pagamentos do país. Entretanto, prosseguimos registrando um ponto preocupante que é a baixa participação de produtos manufaturados em nossa pauta de exportação. No acumulado do ano as exportações de produtos manufaturados, embora crescendo 10%, alcançaram US$ 58 bilhões, valor que corresponde a apenas 36% do total das exportações. Continuam

Mercosul e Aliança do Pacífico

Em 2014 participei em Cali, na Colombia, de uma das primeiras reuniões realizadas pelos países que integram a Aliança do Pacífico. Participei na condição de convidado, como Representante Geral do Mercosul. Naquele ano alguns integrantes dos dois blocos já consideravam um início de aproximação. Já era evidente que uma maior integração entre esses dois mecanismos poderia resultar, no médio prazo, em maiores fluxos comerciais e de investimentos, além de incrementar a competitividade devido a uma maior escala de produção em diferentes setores. Somados, os países do Mercosul e da Aliança do Pacífico contam com um extraordinário mercado consumidor, que já se aproxima de 500 milhões de habitantes. Além disso, alguns dos principais países da Aliança do Pacífico, o Chile, a Colombia e o Perú, já possuem acordos de livre comércio com o Mercosul, aliás bastante abrangentes, o que permite afirmar que com esses já temos, a rigor, uma área de livre comércio. Nos últimos anos ocorreram avanços em

Guerra comercial - como enfrentar as consequências?

Entre janeiro e agosto deste ano as exportações brasileiras alcançaram US$ 159 bilhões, um crescimento da ordem de 8% se comparado ao mesmo período de 2017, cuja soma foi de US$ 146 bilhões. Trata-se de um resultado bastante satisfatório, principalmente se considerarmos que o comércio internacional neste ano enfrenta uma de suas mais graves crises em virtude de uma série de medidas protecionistas adotadas pelo governo dos Estados Unidos e que acabaram por promover uma verdadeira guerra comercial. De modo geral, os países atingidos por essas medidas estão respondendo com retaliações contra produtos norte-americanos, incluindo barreiras tarifárias e até mesmo administrativas, o que só agrava o quadro de confrontação. O Brasil não estará imune às consequências dessas medidas, que têm potencial para prejudicar nosso comércio com os Estados Unidos, com a China e também com outros países e regiões. Mas podemos nos proteger  redobrando nossa atenção para o comércio que temos aqui mesmo na

Exportação e Competitividade - Argentina, ainda a principal parceira do Brasil na América do Sul

Exportação e Competitividade - Argentina, ainda a principal parceira do Brasil na A.do Sul. Ivan Ramalho - 05/09/2018 Nos oito primeiros meses deste ano as exportações brasileiras alcançaram US$ 159 bilhões, valor que corresponde a um crescimento da ordem de 8% em relação ao mesmo período de 2017.  Em um ano em que o comércio internacional enfrenta sérios problemas, principalmente em virtude de medidas protecionistas adotadas pelo governo dos Estados Unidos, este pode ser considerado um desempenho bastante satisfatório. Como as importações somaram US$ 146 bilhões, o superávit comercial já é de US$ 33 bilhões, resultado que vai contribuir de forma expressiva para o fechamento do nosso Balanço de Pagamentos. Os valores acumulados até agora demonstram que o Brasil continua com um nível de diversificação bastante razoável no comércio exterior. Os três principais parceiros comerciais (China, Estados Unidos e Argentina) estão situados em diferentes regiões e as exportações brasileiras a